segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tradições populares conduzem concerto do Coral Infanto-Juvenil


UFMT



Músicas regionais brasileiras que retratam as diversas tradições populares, como danças, lendas e costumes, compõem o repertório do concerto do Coral Infanto-Juvenil da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do grupo Coletivo Ninhal. A apresentação ocorre na terça-feira, 8, no Teatro Universitário, às 20h30. O ingresso é 1 kg de alimento não perecível (com exceção de sal), que deve ser trocado com antecedência no Centro Cultural, em horário comercial. Os alimentos arrecadados serão doados à Campanha “Natal das Crianças” do Governo do Estado.

O espetáculo, denominado “Afro-Luso-Tupiniquins: Viagem Sonora Brasileira” é resultado de pesquisa feita em conjunto pelos dois grupos, conduzida pelo regente do espetáculo Adonys Aguiar a partir da cultura regional brasileira. No repertório, canções de domínio popular como Calix Bento, do folclore mineiro, gravada por Milton Nascimento, a partir da adaptação de Tavinho Moura; Nandaia, canção de siriri mato-grossense; Quando eu vim lá de Luanda, maracatu pernambucano, entre outros.

No palco, 36 cantores entre 7 e 15 anos, do Coral Infanto-Juvenil da UFMT, e 22 cantores adultos do Coletivo Ninhal, com a proposta de conduzir o público pelo mundo da cultura popular, sob a Regência de Adonys Aguiar que junto com Marília Cortez, é responsável também pelo roteiro, direção cênica e pela iniciativa da fusão dos dois grupos para a realização do espetáculo. A supervisão do coro é de Naíse do Vale Santana.

Ninhal é um coletivo formado no inicio do ano, cujos componentes já cantavam em outras iniciativas. De cunho artístico, o grupo mostra neste espetáculo sua vertente musical. “Será um espetáculo que promete emocionar a platéia, que induz a uma viagem em suas memórias”, conta Aguiar.

O espetáculo integra as ações comemorativas dos 39 anos de fundação da Universidade Federal de Mato Grosso, uma realização do Programa Unidade da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da UFMT, por meio da Coordenação de Cultura.

Inf.: 3615-8355

Professoras francesas recebem título Cidadã Mato-grossense

Dois ícones do ensino de Língua Francesa no Estado, Thérèse Jeanne Piergentili Margotti e Marie-Annick Bernier, que desenvolveram um importante trabalho de divulgação da cultura e da língua francesa em Mato Grosso, vão receber o título de Cidadã Mato-grossense da Assembléia Legislativa (AL). A homenagem – de autoria do Dep. Alexandre César – ocorre no próximo dia 7, segunda-feira, às 19h30, no Plenário das Deliberações Dep. René Barbour, na AL.

As professoras também foram homenageadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por ocasião da 1ª Semana de Arte e Cultura, uma realização do Programa Unidade da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), por meio da Coordenação de Cultura.

Na ocasião, a Reitora da Universidade, Maria Lucia Cavalli Neder, comentou que teve oportunidade de conviver com as educadoras no tempo que integrou do Departamento de Letras, por 22 anos. Para as professoras, as homenagem da UFMT e, agora, da Assembléia Legislativa marcam a sua trajetória. “É um momento de muita alegria, passa um filme na cabeça da gente”, comentou Thérèse Jeanne, que chegou ao Brasil em 1949, aos 11 anos de idade.

Após viver por 27 anos no Rio de Janeiro, Thérèse mudou-se para Cuiabá em 1974. Iniciou sua formação superior na Universidade Estadual da Guanabara, atual UERJ, vindo concluir o curso de Letras, habilitação em Língua Francesa em 1976, na UFMT. Neste mesmo ano, iniciou seu trabalho como professora do Curso, onde atuou até 2003, na área de Língua Francesa e Literatura Francesa, para o curso de graduação em Letras. Além disso, lecionou Francês Instrumental para vários cursos da Universidade e ministrou aulas nos curso de extensão. Hoje atua como tradutora juramentada, de documentos oficiais e de diversos textos acadêmicos.

Já Marie-Annick Bernier, chegou ao Brasil em 1975, e em Cuiabá em fevereiro de 1976. Nesta mesma época, ingressou como professora do Departamento de Letras. Após um ano, foi aprovada em concurso como professora auxiliar, inicialmente, como professora de Inglês, que era a sua formação superior na França. Atuou como coordenadora do Laboratório de Línguas, chefe de departamento, coordenadora, entre outros. Além disso, desenvolveu e publicou material didático para o ensino da fonética através de canções francesas e o livro de atividades do método de francês utilizado à época, De Vive Voix. Hoje, realiza traduções simultâneas em eventos da UFMT e como intérprete e tradutora de diversos tipos de materiais.

Presépio da Universidade Federal de Mato Grosso será aberto hoje

Em dezembro, Cuiabá ganha ares natalinos. Por toda parte, a decoração denuncia que estamos em tempos de confraternização. Os motivos decorativos relembram o nascimento de Jesus Cristo. Na segunda-feira (07), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresenta seu Presépio, às 17h, se transformando em parada obrigatória daqueles que querem fotografar seus filhos próximos a personagens que fazem parte da religiosidade.

O Presépio ficará no bosque em frente às quadras descobertas e tem como tema o Pantanal, com a inclusão de animais pantaneiros, além dos tradicionais que rodeiam a manjedoura. A recuperação das peças - em tamanho natural - e a montagem foram feitas numa ação conjunta entre vários setores da universidade e da comunidade externa. Ao lado será montada uma grande árvore de Natal. A visitação poderá ser feita até o dia 05 de janeiro de 2010.

De acordo com a Coordenadora de Cultura da UFMT, Silbene Perassolo, a Universidade, historicamente, tem sido visitada e consta na cidade como local turístico. “Em época de natal é tradição a realização do presépio que, a cada ano, traz uma novidade”, ressalta, acrescentando que, além disso, o trabalho faz parte das atividades acadêmicas e exige pesquisa, exercícios de desenho e plástica e mão-de-obra.
O atrativo integra as ações comemorativas dos 39 anos de fundação da UFMT, uma realização do Programa Unidade da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da UFMT, por meio da Coordenação de Cultura.

Tradição - O presépio é uma referência cristã que remete para o nascimento de Jesus na gruta de Belém, na companhia de José e Maria. Conta a Bíblia que, depois de muito tempo à procura de um lugar para albergar o casal, que se encontrava em viagem por motivo de recenseamento de toda a Galileia, José e Maria tiveram que pernoitar numa gruta ou cabana nas imediações de Belém. De acordo com a mesma fonte, Jesus nasceu numa manjedoura destinada a animais (no presépio, uma vaca e um burro) e foi reconhecido, no momento do nascimento, por pastores da região, avisados por um anjo, e, dias mais tarde, por magos (ou reis) vindos do oriente, guiados por uma estrela, que teriam oferecido ouro, incenso e mirra ao recém-nascido.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dia da Cultura é comemorado na UFMT


No Dia Nacional da Cultura, comemorado em 5 de novembro, a 1ª Semana de Arte e Cultura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) traz em sua programação apresentações de canto, piano e saxofone e show com Ebinho Cardoso.

A primeira apresentação ocorre às 15h, no Instituto de Linguagens (IL), com o Duo Canto e Piano, um dos projetos artísticos do Departamento de Artes, com a mezzo-soprano Maidi Dickmann e a pianista Marisa Rosati. No programa, Lascia ch’io pianga - from Rinaldo - Haendel; He was despised - Messiah by Haendel; Va! Laisse couler mes larmes - from Werther - J. Massenet; Mon coeur s’ouvre à ta voix - from Samson et Dalila - Saint-Saëns; Canção do Amor (Forest of the Amazon) - Villa Lobos; Voi che sapette - from Le Nozze di Figaro – Mozart.

Em seguida, às 16h, é a vez do grupo de jovens saxofonistas Ciranda Sax mostrar toda sua sonoridade e repertório próprio, com intersecção entre a música erudita e a popular. Criado em 2006 sob a direção do professor Murilo Alves, o grupo é formado pelos alunos da classe de saxofone do "Projeto Ciranda Música e Cidadania", e tem como proposta oferecer aos jovens saxofonistas de Mato Grosso a oportunidade de tocarem em conjunto buscando na experiência de cada músico um fator de crescimento para todo o grupo.

Encerrando a programação, o contrabaixista, compositor e pesquisador Ebinho Cardoso apresenta, às 20h, no auditório do Centro Cultural, toda a sua irreverência e musicalidade. Inovador em sua criação, o músico utiliza elementos atípicos ao baixo elétrico, mostrando as possibilidades do baixo como instrumento de acompanhamento, solo e principalmente de harmonia, característica de suas execuções ao instrumento, aplicando essa técnica de forma inovadora.

As comemorações ao Dia da Cultura integram a 1ª Semana de Arte e Cultura, uma realização do Programa Unidade da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da UFMT, por meio da Coordenação de Cultura.
Informações: 3615-8358 / 8354

Cuiabá ganha primeira loja da Contém 1g...


Com design exclusivo do conceito Chic, a contém 1g inaugurou sua primeira loja em Mato Grosso, no Pantanal Shopping, em Cuiabá, levando ao público seu novíssimo conceito de ponto de venda que está conquistando todos os principais shoppings do país.
O espaço é exclusivamente voltado para maquiagem, reunindo entretenimento, glamour e sofisticação, com um formato diferenciado, estreitando a relação entre as mulheres e a maquiagem. A surpresa fica por conta dos cinco nichos de maquiagem, especialmente organizados para cada tipo de mulher, com sugestões para morena, trabalho dia, noite, primavera verão, soluções & truques. A franquia em Cuiabá, com 32,90 m², é capitaneada pelos empresários Cionéia Pereira da Silva Santos e Thássio Eduardo dos Santos.
A contém 1g possui posicionamento Premium como a maior e mais completa linha de maquiagem do Brasil e propõe transformar o prazer de sair às compras em um momento mágico, surpreendente: idealizou o novo formato, pensando no momento e na experiência que suas clientes terão com os produtos. “Entrar em uma loja da marca é entrar num universo encantador, lúdico, repleto de cores, texturas e possibilidades infinitas de combinações, com mais de 500 itens para face, olhos, lábios, e acessórios”, afirma Cionéia.
Cada espaço possui sua particularidade e proposta, a partir do design exclusivo e iluminação personalizada, que possibilita elaborar a maquiagem com visualização perfeita da aplicação do produto à pele. A loja Chic tem o conceito “Nicho”, organizado em grupos de estilos e ocasiões. Segundo Cionéia, cada espaço disponibiliza os produtos de acordo com a personalidade e desejo de cada mulher, originando uma forma inédita de expor maquiagem. “Esse conceito propõe uma apresentação prática e exclusiva de maquiagem para a consumidora. Relacionando ao mundo da moda, os nichos das maquiagens contém 1g são como modelagens perfeitas, criadas sob medida para cada mulher”, completa.
De acordo com a empresária, a franquia criou um sistema diferente para transmitir a verdadeira função de suas maquiagens. Para uma aproximação mais “real” com o público, maquiadoras orientam as clientes na escolha da maquiagem. “Além disso, a equipe de atendimento passa por um intensivo treinamento, que envolve mais de 150 horas de treinamento por ano, carga horária superior, até mesmo, às exigidas pelos cursos profissionalizantes”, argumenta.

Tecnologia e Sofisticação - Com o conceito “fábrica boutique”, o desenvolvimento do amplo mix de produtos contém 1g também conta com máquinas alemãs, suíças, italianas, americanas e inglesas de última tecnologia, utilizadas por grandes empresas de maquiagem internacional.
Toda a linha de produção passa por um rigoroso controle e garantia de qualidade que refletem a seriedade e expertise da empresa. A contém1g utiliza matérias-primas sofisticadas, com a qualidade de marcas de luxo. As embalagens são cuidadosamente escolhidas, levando em conta o glamour e a praticidade.
A marca já é referência para “make-up artists” do Brasil todo. Os maquiadores usam e indicam os produtos em seus trabalhos tanto de beleza, quanto desfiles de moda ou editoriais conceituais. Nos editoriais de beleza das principais revistas, as maquiagens são muito elogiadas pelas editoras, seja por sua proposta inovadora, pela embalagem, cor, textura ou praticidade.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Hum...tem sabor diferente chegando em Cuiabá



O restauranter César Cassiano, profissional paulista que assina os cardápios das mais tradicionais casas e hotéis de São Paulo, desembarca em Cuiabá, no fim do mês, para a inauguração de um novo restaurante & lounge da capital. Ele vai apresentar para a imprensa cuiabana suas criações exclusivas para o buffet de almoço da casa, cujos ingredientes da cozinha internacional contemporânea se misturam com as delícias da culinária regional. A salada personalizada, montada de acordo com o gosto de cada cliente, é opção de sucesso garantido, acrescida dos grelhados feitos na hora. A nova casa tem a chancela da empresária Patrícia Garcia.

Oficinas e cursos fazem parte da 1 ªSemana de Arte e Cultura da UFMT



Uma série de oficinas, com vagas limitadas, será oferecida durante a 1ª Semana de Arte e Cultura da UFMT, como a de Móbile, capitaneada pelo artista Herê Fonseca, na terça-feira, dia 03, a partir das 14h, no Bosque do Centro Cultural.

Pincéis e tintas dão o colorido na oficina de Pintura e Desenho, ministrada pelo premiado artista plástico primitivista Nilson Pimenta. O curso ocorre entre os dias 03 e 04, dividida em duas turmas, das 8 às 9h, e das 9h às 10h, no Ateliê Centro Cultural. Baiano de Caravelas, Nilson Pimenta nasceu em 1956. Veio para Mato Grosso em 1963 e trabalhou, antes de enveredar pelo mundo da pintura, como lavrador em várias fazendas e assentamentos do leste mato-grossense, e depois se fixou em Cuiabá a partir de 1978, época em que despertou para a pintura e a partir de 1982 passa a atuar como orientador do Ateliê Livre do Museu de Arte e de Cultura Popular da UFMT.

Tem intensa participação no cenário artístico brasileiro, figurando no seu currículo seleções e premiações em importantes Salões de Artes Plásticas. Nilson retrata em suas obras personagens do campo e da paisagem agreste de Mato Grosso e cenas típicas do Pantanal. Autodidata, o artista começou a desenhar em papel, com lápis de cor.

Já a oficina de Expressão Corporal Barbatuques, sob o comando de Lu Horta e Flávia Maia (SP), ocorre de 03 a 06, no Teatro Universitário, com turmas das 14h às 17h, e das 18h às 20h. Barbatuques é um núcleo artístico e pedagógico que desde 1995 desenvolve uma linguagem pioneira na área da percussão corporal. A expressão musical a partir dos inúmeros sons que podem ser produzidos pelo corpo humano é o tema central dessa pesquisa. Como grupo musical e núcleo de professores, o Barbatuques vem atuando há vários anos em diversas regiões do Brasil e também em países como França, Espanha, Estados Unidos, Suiça, Portugal, Líbano, Russia, Senegal e Colômbia.

Esse trabalho foi iniciado pelo músico Fernando Barba pelo seu interesse por extrair sons de seu próprio corpo, brincadeira que foi nomeada como barbatuque e que logo se transformou em pesquisa.

Também trabalhando com o corpo, mas desta vez com Vivência Ginástica Artística, a oficina conduzida por Alei Upe ocorre entre os dias 03 e 06, em diversos horários. Na terça, serão oferecidas duas turmas, às 7h e às 18h30, no Ginásio da UFMT. Na quarta, dia 04, às 18h30, no dia 05, às 7h e no dia 06, turmas às 10h e às 18h.

Para a Coordenadora de Cultura da UFMT, Silbene Perassolo, as oficinas e cursos atendem às diversas aptidões artísticas e também são possibilidades de interação e troca de informação. “São oficinas lúdicas, divertidas e muito dinâmicas”, completa Silbene.

Divertida, a caricatura também é objeto de estudo. O professor Robson Apolo vai ensinar a fazer caricatura, em curso nos dias 04, 05 e 06, no Ateliê Centro Cultural. Nos dias 04 e 06, horário das 9h às 11h. Já no dia 05, aula das 14h30 às 17h.

Os participantes da 1ª Semana de Arte e Cultura poderão soltar seus movimentos no curso de dança de salão, aberto para 30 casais, de 03 a 06 de novembro, das 19h às 22h, na Sala de Ginástica da FEF. A professora da dança Vanessa Lopes vai conduzir os casais na busca pelo ritmo e harmonia.

Grafitagem é o tema do curso ministrado por Luciana Schuring, nos dias 04 e o5, no Centro Cultural. Já a cineasta Valéria Del Cueto aborda a oficina de curta metragem no dia 05, das 9h às 13h30, no Cineclube Coxiponés. Para participar, basta fazer a inscrição na Secretaria do Centro Cultural da UFMT, das 8h às 11 h e das 14h às 18 h. Mas atenção, as vagas são limitadas.

Programação – A 1ª Semana de Arte e Cultura é uma realização do Programa Unidade da Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) da UFMT, por meio da Coordenação de Cultura. As atividades ocorrem entre os dias 03 e 07 de novembro e incluem cursos e oficinas, encontros, exposições, apresentações artísticas e musicais em diversos pontos do Campus Universitário.
O objetivo do evento é integrar as ações e projetos dos departamentos e institutos que são voltados para as diversas linguagens artísticas como Literatura, Poesia, Cinema, Vídeo, Dança, Teatro numa grande mostra cultural dos alunos e professores da UFMT.
Informações: 3615-8358

Coral da UFMT se apresenta nesta terça-feira


Já dizia o jornalista Arthur da Távola, “música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão”. E é a música que inspira e conduz as apresentações da noite de terça-feira, dia 03, a partir das 19h, no Auditório do Centro Cultural da UFMT, durante a 1ª Semana de Arte e Cultura da instituição. O público vai se emocionar com o Coral da Universidade Federal de Mato Grosso, Quinteto de Metais e o Quarteto de Cordas.
O Coral da UFMT abre a programação musical, interpretando as canções The Prayer, de Carole Bayer Sager e David Foster; Lux Aurumque, de Eric Whitacre; Alelluia de Ralph Manuel; Somebody to Love, de Fred Mercury; o hino nacional da África do Sul, N'Kosi Sikeleli África; e as brasileiras Brasil Pandeiro, de Assis Valente e O que foi feito deverá, de Milton Nascimento.
Há 29 anos encantando a platéia por meio de vozes cantantes, o Coral da UFMT foi criado pelo Prof. Dr. Gabriel Novis Neves e Prof. Benedito Pedro Dorileo, reitor e vice-reitor respectivamente. Desenvolvendo um trabalho musical voltado aos estudantes de diversos cursos da Universidade, professores, servidores e comunidade em geral, o Coral entoa um repertório variado, que abrange a música erudita, popular, folclórica, sacra e regional, além de peças do repertório sinfônico.
Núcleo gerador de atividades culturais, mantém dois grupos: o Coral UFMT, formado por aproximadamente 60 pessoas; e o Coral Infanto-Juvenil da UFMT, um projeto de extensão criado em 1999 e formado por aproximadamente 60 crianças.
Além dos espetáculos musicais, o Coral realiza diversas atividades como painéis de regência coral, reciclagens, laboratórios corais, oficina de expressão cênica, cursos de regência, de canto e de técnica vocal. Para promover estas atividades, traz professores, regentes e cantores convidados de outros estados do Brasil. Um exemplo, é o Encontro Internacional de Coros em Cuiabá, nos anos 1998, 2000 e 2005, cujo objetivo é a melhoria da qualidade e reciclagem dos componentes do Movimento Coral Mato-Grossense.
Para Dorit Kolling, maestrina do Coral UFMT desde 1989, cuja regência já passou Peter Ens, Vilson Gavaldão de Oliveira, a 1ª. Semana de Arte e Cultura da UFMT é uma iniciativa que movimenta o campus, fomenta a produção cultural e possibilita que a comunidade tenha acesso a uma programação cultural rica e gratuita. “As apresentações do Coral emocionam o público”, comenta Dorit.
O Coral já se apresentou em Cuiabá, no interior do estado de Mato Grosso, em várias cidades do Brasil, e alcançou outros países, como Paraguai, Uruguai e Argentina. Atualmente tem na sua Supervisão Naíse do Vale Santana e André Vilani como Preparador Vocal.
Na seqüência, o Quinteto de Metais traz um repertório composto por belas canções conhecidas da platéia, como Lamento, de Pixinguinha e Vinícius de Moraes; Rosa, de Pixinguinha e Otávio de Souza; Medrosa, de Anacleto de Medeiros; Brejeiro, de Ernesto Nazareth; Todo Azul do Mar, de Ronaldo Bastos e Flávio Venturini, Pout-porri de Tom Jobim; Aquarela do Brasil, de Ary Barroso; Beale Street Blues, de W.C.Handy; In The Mood, de Andy Razaf & Joe Garland; Dog’s Life, de Charles Chaplin.
É comum no mundo inteiro, integrantes de Orquestra Sinfônica se reunirem em formações menores para execução de repertório. E em Cuiabá não é diferente. Músicos integrantes da Orquestra Sinfônica da UFMT se uniram, e desde 1994 formam o Quinteto de Metais da UFMT para execução de repertório variado de música. Cinco instrumentistas de sopro de metal fazem parte da iniciativa: Edson Ferreira Lopes (Trompa), Jorival Ramos (trombone), Jader Evangelista (trompete) e Aleksandro Rammos – o Billy (Tuba).
Para encerrar a programação musical, o Quarteto de Cordas da UFMT executa as canções My Fair Lady, Por una cabeza e Michelle, dos Beatlles. Criado em 1979 com o objetivo de formar músicos de cordas e platéia, o Quarteto de Cordas da UFMT iniciou seus trabalhos com Cezar Willyneck no primeiro violino, Gilda Epp no segundo violino, José Lourenço Parreira na viola e Conrado Ribeiro no violoncelo.
Ágil e com repertório bem eclético, o Quarteto é formado por Eduardo Carvalho no primeiro violino, Henrique Ribeiro no segundo violino, Edson Assunção na viola e José Feguri no violoncelo, chefes de naipes da Orquestra Sinfônica da UFMT, cuja atuação conjunta acumula 20 anos.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aqui a gente espia longe

Ao descer do microônibus, empoeirado pela viagem Pantanal adentro, toda descabelada e diante da comunidade tão simples de nome São Pedro de Joselândia, distrito de Barão de Melgaço, interior de Mato Grosso, sem traços de tecnologia ou vestígios urbanos, fiquei a pensar: “nossa, eu jamais conseguiria morar aqui. O que eu iria fazer? Uma jornalista plugada na internet”. Um minúscula localidade, com algumas dezenas de casas simples e pequenas, giraus (quintais cobertos com pedaços de madeira), galinhas, cachorros e porcos por todos os lados, uma igreja simpática e um galpão que servia de associação dos moradores, ao meio de um descampado. A vida social acontecia ali, os batizados, casamentos, aniversários, festas de santos. Eis que interrompendo minha reflexão, surge seo Joaquim:
- Filha, de onde você vem?, perguntou ele, apesar de simples, muito bem arrumado com seu chapéu branco, camisa branca de botão e de mangas curtas, calça de tergal bege, abotoada (é que os mais velhos não se adaptaram com o revolucionário zíper), chinelos de couro.
- Eu vim de Cuiabá, respondi
Ele ficou a pensar e me indagou sorridente e preocupado:
- Como você consegue morar naquele lugar, cheio de prédios, construções, sem vista. Aqui em São Pedro de Joselândia, a gente espia looooonge..., e apontou o horizonte. Percebi que meu olhar se perdia na imensidão.
Sorri e começamos a conversar: nós dois, cada um com sua incredulidade diante da escolha pra morar do outro. Naquele lugar, características tão peculiares como a devoção a São Pedro, a simplicidade dos hábitos rurais, por meio da agricultura de subsistência e a lida no campo. Pessoas que possuem o cururu e o siriri como símbolo, formas de manifestações folclóricas que lhe permitem visitar outros universos, falar de amor, de lendas, de ensinamentos, perpetuando as gerações. Ali, a maioria de seus moradores já ensaiaram passos de siriri, participaram de roda, tocaram viola-de-cocho.
Seo Joaquim contou dos tempos da mocidade, em que entoava o cururu e dedilhava a viola-de-cocho com composições próprias, que segundo ele, encantavam as moças da região. Ao perder o companheiro, deixou de se apresentar com o cururu. Manteve a elegância dos Cururueiros, eles são assim: elegantes, sempre com chapéus, camisas impecáveis, calças de tecido e de botão!
Fiquei ali ouvindo aquele senhor, no alto de seus 93 anos, me questionar qual seria a última vez que eu olhara para o horizonte e pensara na vida, além da tela do computador, nada de viagem por universos de outros, mas para o meu universo interior; nada de diminuir distâncias por meio da internet ou pelo fio de telefone ou até mesmo sinais de celular, mas diminuir distância com pensamentos, transformá-los em poesias, colocar no papel pelo próprio punho e pelo correio, “mandar avisar minha filha”. Esperar até uma semana pra chegar e depois mais uma semana, com muita sorte, para receber a resposta. Ele queria respostas que continham em suas entrelinhas a experimentação de todos os sentidos. “Lembra quando recebia cartas? Tocava o papel pensando que ali tinha o toque de quem enviara, as dobras guardavam cheiros, o leve amassado da folha rabiscada, ali começava o recado”, provocou seo Joaquim.
Percebi que realmente ficara tanto tempo diante do computador que tinha esquecido como era “espiar longe, escuitar”, enviar pensamentos. Vivia me esquivando da intuição, deixara ela pra lá.
Na volta pra casa, fiquei observando o horizonte pantaneiro, rasantes das garças, adivinhando os desenhos das nuvens, rindo dos filhotes de jacarés imóveis.
Percebi que mesmo na cidade, podemos fitar o contorno do por do sol, apesar dos prédios. Cuiabá guarda sinais de urbanidade e conserva rastros bucólicos. A visita a São Pedro de Joselândia me fez pensar: ainda temos espaços em que nossos olhos se perdem, e nesses lugares “espiamos longe e escuitamos o vento!!". Quando espiamos longe, voltamos pra nós, quando nosso olhar se perde no horizonte, nos encontramos.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Uma Rosa que morreu de amor

Logo cedo, Rosa passava pelo meu portão, sorridente e muito alegre cumprimentando quem por ela passava Vovó , uma autêntica cuiabana, chegava até a dizer: Essa Rosa, é tão feliz que dá até bom dia a cachorro!. Vovó tinha razão, Rosa era querida pela vizinhança, tinha sempre uma palavra de carinho. Todos os dias, eu a ouvia dizer: “Olá boneca, como vai? Tudo bem? “Cara” de sua mãe....”
Rosa fazia parte do meu cotidiano, desde que “eu me entendera por gente”. Morena, cabelos longos pretos, magra, com camiseta de cores fortes e calça jeans. Lá ia e vinha ela, com seu sorriso, muitas vezes carregando uma sacola de pães ou livros.
Eis que um dia, Rosa não apareceu pela rua. No outro dia também não. Algo teria acontecido com Rosa. O que seria? Morávamos no mesmo bairro. Vovó, sempre informada dos acontecimentos da vizinhança, viera me contar que Rosa estava no hospital. A notícia me surpreendeu e naquele dia eu descobri que por trás daquele sorriso, daquele ir e vir, estava uma mulher muito triste, que escondia em seu olhar, uma dolorida história de amor.
Rosa se apaixonou perdidamente por um homem, com o qual viera a se casar. Professora, Rosa se dedicava ao lar e aos alunos, e levava a sua vida com dignidade. Seu marido, por sua vez, vivia casos fortuitos de amor, que Rosa ignorava e fazia vistas grossas. Até que um dia, seu marido decidira partir. Rosa permitiu que ele fosse, o respeitava tanto que não lhe causara qualquer aborrecimento, mas guardava a esperança de reatar o casamento. Para distrair e amenizar seu sofrimento, Rosa mergulhava suas angústias em copos de pinga, trancada sozinha em sua humilde casa, que ela conseguira após ganhar um dinheirinho no Baú da Felicidade. As paredes de sua casa guardavam o segredo de Rosa: a dor da solidão.
O ex- marido de Rosa se envolveu com uma mulher casada e numa tarde de sábado, fora assassinado no estacionamento do shopping pelo esposo de sua amante. O caso foi parar nos noticiários e Rosa, ah a Rosa, deixou de beber. A dor era tanta que nem mais a bebida amenizava o seu sentimento da perda. Desta vez, sua esperança teria se esvaído, perdida no vento, no tempo. Ele não estava mais ali, não poderia mais reviver seu casamento, sua história. Apesar da distância física, a possibilidade da volta alimentava Rosa, sua vida tinha sentido nos copos vazios, nas peças das roupas esquecidas no fundo armário. Um dia, acreditava Rosa, ele haveria de voltar.
Rosa entristeceu, adoeceu e entrou em coma. Não reagiu mais. E numa tarde de outono, Rosa partira. E a rua ficou sem o sorriso daquela mulher que escondera de todos um sentimento profundo. O bairro ficou sem sua Rosa, que morreu de amor.